A primeira parte: quadrinhos de tapeçaria. Trabalho em equipe: eu, Vanessa e Bruna... ou terapia familiar! Foi fácil e divertido. Fazendo e desfazendo os nós, a briga com o namorado, as preocupações de trabalho, os conflitos domésticos, o estresse do dia... puff! as dores de cabeça desapareciam! Eu levava minha varinha de condão sempre comigo. Em frente à TV, no trânsito, conversando com os amigos... sacava a agulha da bolsa e mãos a obra. Produzimos centenas com tamanhos e motivos diversificado em meses.
A segunda parte: escolher os quadros. Oh, Duvida! Eu queria muitos... só que a cama tem limite. Eu podia ficar com todos e criar um trambolho ou abrir mão de alguns e realizar a minha vontade. Precisei de dias e não foi nada fácil; mas teria sido pior, carregar o peso morto pela vida a fora no armário...
A terceira parte: Costurar à mão. Aprender a cartilha (usar linha e agulha de costura) foi moleza! A primeira vista, havia tanta semelhança... para mim, a tarefa era idêntica. Entender o ponto foram anos de dever de casa. Meu tato assegurava as diferenças e minha visão mudou: tarefa estranha e meios desconhecidos... dor de cabeça extra e ainda dedos doloridos?! Trabalho de doido, diversão de maluco. Tô fora!!! Abandonei a colcha e segui minha vida... Ela não permitiu bagunça na sua classe! Mesmo escondida (alguém fez o favor tira-la do caminho), trancada e perdida para mim... ela testava meus limites e insistia na correção dos exercícios; meu coração palpitava!
Às vezes, seu nome era mencionado ou, por acaso, ela era encontrada.
De tempos em tempos, surgiam lembranças e eu revirava armários a buscá-la.
Diversas ocasiões, diante dela, recuava;
Em outras, eu colocava as mãos e retirava;
O fantasma (marcas do passado) me assombrava.
Em todas... quis abraça-la!!!
Não foi estranho retomar a tarefa. Os meios me foram mostrados em diálogos picado... meus dedos recordam cada palavras! Batemos de frente inúmeras vezes até as resistências serem quebradas e aceitarmos nossas personalidades fortes e multifacetadas... muralhas de ferro, alfinetes de aço; minha cabeça bem sabe! Atiramos pedras... distração divertida e justificativa plausível para palpitações cardíacas! Passatempo inútil, elas reaparecem dentro do nosso sapato. Depois... ainda jogamos a responsabilidade na pedra pelo incomodo causado... os olhos não mente, eu não fiz nada!!!
Ilusão... Os olhos enganam. Eu ignorei a vontade do meu coração e, coloquei nosso Amor de lado! Meu sonho não contava com essa traição... trancado na gaiola, perdeu Vida e Graça!!!
Aline/Bruna/Caty
A Força resgate veio de onde eu menos esperava... a pedra no sapato! Ela não me abandonou... foi a primeira a apresentar suas armas, descer comigo ao Inferno, buscar o Sonho perdido para curar um Coração Partido.
Agora, eu vejo a graça e, o quanto aquela viagem e seus perrengues foram divertidos... vivenciamos todas as guerras da História Mundial. Filosofia, Literatura e Relações Internacionais eram experimentadas em doses cavalares. Meus estomago revirava; vomito, diarréia, prisão de ventre... descobri que Química, Física e Biologia são matérias inseparáveis. Medicina para o corpo. Psicologia para mente. Nutrição para alma. Fiz Marketing e Propaganda no céu... estudei Religião, custo/beneficio é o bê-á-bá da Economia. Invoquei o Direito, clamei por Justiça, pronunciei palavras de todos os gêneros, números e grau em Português, Inglês, Italiano... Alemão, eu só recordava “Ich sprechen Keine Deutch (eu não falo alemão)"! Me arrependi por não ter feito Teatro, com uma encenação e interpretação bem dirigida, talvez a tivesse enganado... chorei escondida até entender a Matemática!
Juntos somamos força
Diminuímos as batalhas
Multiplicamos a energia
Dividimos as tristezas e alegrias
Anos de tarefa, horas em sua companhia, minutos de silencio, segundos de humildade, infinidade de laços e uma eternidade de compreensão... PAZciência, companheira inseparável do AMOR e a mãe da AMIZADE.
Na escola, me ensinaram que os oceanos separam os continentes e os diferentes costumes dividem os povos. Minhas amigas (amigos tb) me provaram: Nossas diferenças é o elo forte. Juntas no mar, enfrentamos qualquer perigo, criamos nova formas de comunicação e unimos a Terra.
Caty, Bruna e Vanessa
Finalmente, compreendi as regras do oficio. Por cima dos panos: respeito, consideração e amizade; Por baixo: desejo, fantasia e toques mágicos. Aos poucos, os segredos foram sendo transmitidos; as confidências foram trocadas e a confissão aos prantos declarada... “Amiga, Eu te Amo... Me dá um abraço!” e; o conforto e a beleza da Arte da costura revelada: varinha nas mãos, sonhos na cabeça, canção no coração, conversa na ponta da lingua... um mundo sem fronteiras em ação!!!
Amigos, se essa colcha falasse... este post seria censurado!
Amigas, se essa colcha falasse... este post seria vetado!
Entre nós, só falamos sacanagem!
Amigos e amigas,
AMO e AMAMOS VOCÊS!!!
Beijos BeHap.
P.S: Na hora de atirar... por via das dúvidas, atire rosa! Se a safada(o) voltar, vem macia e perfumada.
P.S2: Foi um lazer sem sentido, um tempo perdido?! Nããão... foi um passatempo divertido no templo dos sentidos! Pode demorar, mas.... cedo ou tarde, você descobre o porquê fez, o quê escolheu e onde aquele pedaço entrará na Colcha (ou Quebra-cabeça) da Vida!
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